Conhecida cientificamente como Diabetes Mellitus, a diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue. Isso ocorre porque a insulina (hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para o interior das células) não é produzida ou não age corretamente. Na maior parte dos casos, a diabetes surge ao longo da vida, principalmente por conta dos maus hábitos alimentares, mas também pode estar presente desde o nascimento.
A diabetes pode ser dividida em quatro tipos principais:
- Pré-diabetes: Quando o nível de açúcar no sangue está elevado, mas ainda não é o suficiente para fazer o diagnóstico da doença;
- Diabetes tipo 1: Presente desde o nascimento, sendo considerada a menos comum e uma doença autoimune, já que o próprio sistema imune ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina. Desta forma, o hormônio não é produzido, a glicose não é transportada para as células e fica acumulada no sangue;
- Diabetes tipo 2: Conhecida por ser o tipo mais comum, acontece devido uma resistência à insulina, normalmente ligada aos maus hábitos alimentares. Essa reação diminui o funcionamento do hormônio no corpo, ocasionando acúmulo de glicose;
- Diabetes gestacional: Está relacionada a hormônios, produzidos pela placenta, que bloqueiam a ação da insulina.
A Diabetes Mellitus também pode ser dividida em tipos mais raros, como a diabetes latente autoimune do adulto ou a diabetes desencadeada pelo uso de medicamentos.
Entre os sintomas clássicos, estão:
- Sensação exagerada de sede;
- Aumento da fome;
- Vontade frequente de urinar;
- Boca seca;
- Cansaço;
- Alterações na visão.
O diagnóstico pode ser feito com um conjunto de exames de sangue que permitem avaliar a quantidade de glicose. No entanto, o procedimento mais utilizado é o teste da glicemia em jejum. Este método mede a quantidade de glicose no sangue após um período de, pelo menos, 8 horas em jejum, sendo os valores de referência:
- Normal: inferior a 99 mg/dL;
- Pré-diabetes: entre 100 a 125 mg/dL;
- Diabetes: acima de 126 mg/dL.
O médico também pode solicitar outros exames para verificar a quantidade de glicose no sangue, como Hemoglobina Glicada ou Teste de Tolerância à Glicose (TOTG).
O tratamento tem como objetivo melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas e evitando o desenvolvimento de maiores complicações. Embora alguns cuidados sejam considerados gerais, como planejar uma dieta adequada e fazer exercícios físicos regularmente, o tratamento pode variar de acordo com o tipo da doença.
Quando a diabetes não é tratada adequadamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar danos em vários órgãos. Entre as principais complicações da diabetes, estão:
- Doenças cardiovasculares;
- Neuropatia;
- Retinopatia;
- Surdez;
- Pé-diabético;
- Depressão.
Além disso, os níveis elevados de açúcar também aumentam o risco de infecção, já que o açúcar facilita o crescimento e desenvolvimento de fungos e bactérias. Por facilitar o desenvolvimento de vários microrganismos e dificultar a circulação sanguínea, a diabetes também causa problemas na cicatrização de feridas.