SETEMBRO AMARELO – VALORIZAÇÃO DA VIDA

Segundo o relatório Suicide Worldwide in 2019 (Suicídio no Mundo em 2019, em tradução livre), mais de 700 mil pessoas tiraram a própria vida: uma em cada 100 mortes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o suicídio é a quarta maior causa de morte de jovens, entre 15 a 29 anos, no mundo todo. 

“Em boa parte dos cenários, o diagnóstico está associado à depressão. Alguns gatilhos que levam os jovens a cometer suicídio são altos níveis de desesperança, rejeição afetiva ou social, impulsividade, ideias negativas sobre si mesmo, abuso sexual e físico”, revela a Psicóloga Escolar do Colégio PM – Unidade Campinas, Sandra de Almeida Frias.

Sandra explica que um acontecimento dessa natureza tem um impacto negativo entre colegas de classe, principalmente, para aqueles que estão em sofrimento e acreditam que tirar a própria vida é a melhor solução para seus problemas. 

“A melhor abordagem para a prevenção do suicídio nas escolas é a elaboração de um trabalho em conjunto que inclui Diretor, Coordenadores, Professores e Colaboradores. O objetivo é preparar os profissionais para identificarem os sinais que os alunos com ‘Ideação Suicida’ apresentam, seja na fala ou no comportamento”. 

A Psicóloga Escolar comenta que o tema ainda é um tabu, pois muitos acreditam que falar sobre o assunto, aumenta o risco de suicídio. Porém, Sandra de Almeida Frias afirma que, ao contrário do que as pessoas pensam, falar sobre o tópico pode aliviar a tensão e as angustias, dando oportunidade para o jovem lidar com suas emoções. “Ter alguém para conversar é essencial e, se necessário, a família deve buscar ajuda médica”.

Para prevenir um possível caso de suicídio, a escola deve estar disponível para escutar e acolher o aluno, sem julgamento ou crítica, criando vínculos de proximidade na tentativa de compreender e ajudar. “A instituição deve promover rodas de conversa, para que os alunos expressem suas emoções, e encaminhar aqueles que apresentam sinais de transtornos psicológicos para profissionais externos”, reitera Sandra.

A Psicóloga Escolar da Unidade de Campinas enfatiza que os pais precisam ser abertos para discutir a questão, dando condições para que o filho encontre um porto seguro, sentindo-se acolhido e amado. 

“A prevenção do suicídio envolve uma série completa de atividades, abrangendo desde melhores condições para reunir crianças e jovens através de um tratamento efetivo até o controle ambiental dos fatores de risco”, encerra Sandra de Almeida Frias. 

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