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GRIPE H1N1: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

2 de agosto de 2016

Infectologista da Cruz Azul fala sobre o vírus Influenza A


Após a pandemia de 2009, o vírus Influenza A (H1N1) sempre esteve em circulação no Brasil, porém, sem um aumento significativo no número de casos. Neste ano, foi identificado um novo surto de gripe, três meses antes do inverno.

Quais os sinais da gripe por Influenza A (H1N1)?

A maioria dos sintomas da gripe por Influenza H1N1 é igual àqueles do resfriado comum, com a diferença na intensidade dos sintomas, que são mais fortes e na presença de febre repentina. Os principais são: dor de garganta, secreção nasal, congestão nasal, dores intensas no corpo, dor de cabeça e tosse. Podem estar presentes também diarreia e vômito.

Qual o período de transmissibilidade e formas de transmissão do vírus?

Os adultos iniciam a transmissão da doença 24h antes do início dos sintomas. Podem continuar transmitindo até 24h após o término da febre. Nas crianças e imunossuprimidos, este período vai de dois dias antes dos sintomas surgirem e podem se prolongar até 14 dias após aparecerem os sintomas. A transmissão ocorre por gotículas, que é quando a pessoa entra em contato com a secreção respiratória de um indivíduo infectado. Isso pode acontecer no raio de um metro da pessoa infectada, por meio da tosse.

Em que consiste a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)?

O paciente com infecção por Influenza (H1N1) pode apresentar um quadro de síndrome gripal e alguns indivíduos podem evoluir com sinais de gravidade, que são classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave. A SRAG consiste em falta de ar ou os seguintes sinais de gravidade: queda da oxigenação sanguínea, sinais de dificuldade respiratória ou aumento da frequência respiratória, piora nas condições clínicas da doença de base ou queda da pressão arterial em relação à pressão habitual do paciente. Todo paciente com SRAG deve ser internado.  Somente nos pacientes internados e com sinais de SRAG serão coletados materiais para identificação do vírus H1N1, sempre com envio de notificação hospitalar.

Quais as complicações possíveis da infecção por Influenza H1N1?

Podem ocorrer quadros de pneumonia bacteriana ou viral, sinusite, infecção no ouvido, desidratação e piora de alguns sintomas em pacientes portadores de doenças crônicas (como Insuficiência Cardíaca, Enfisema Pulmonar e Asma).

Quais pacientes estão no grupo de risco?

Os pacientes classificados nos grupo de risco são: gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de ter filhos), crianças menores que cinco anos de idade, idosos com 60 anos ou mais, pacientes imunossuprimidos, portadores de doenças pulmonares, cardíacas, hepatopatias (doenças do fígado), nefropatias (doenças renais), doenças hematológicas, diabéticos, obesos e população indígena. Todos os listados acima podem apresentar mais comumente complicações decorrentes do quadro de gripe por H1N1.

Qual é a melhor forma de prevenir a gripe por Influenza A (H1N1)?

Para prevenção, as medidas listadas abaixo são de extrema importância:

Lavar bem as mãos com água e sabão e utilizar álcool gel com frequência;

Evitar colocar as mãos nos olhos, boca e nariz após contato com superfícies;

Não compartilhar objetos de uso pessoal;

Cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar;

Evitar locais fechados e com muitas pessoas presentes;

Evitar beber água em bebedouros públicos. Utilizar copo ou garrafa plástica de uso pessoal;

Tomar a vacina contra a gripe.

Qual o tratamento para gripe H1N1?

O tratamento inicial se constitui de repouso e medicações para alívio dos sintomas, como Paracetamol ou Dipirona e aumento de ingestão de líquidos. Caso o paciente seja de grupos de risco conforme listados ao lado, pode ser indicado o uso do Oseltamivir (Tamiflu®) nas primeiras 48 horas de sintomas. Em grande parte da população, a infecção por H1N1 vai cursar como uma gripe “mais forte”, com resolução gradual dos sintomas e sem complicações.

Para conferir mais dicas sobre prevenção da H1N1, acesse www.cruzazulsp.com.br ou envie um e-mail para: h1n1@craz.com.br

 

CRUZ AZUL FORMA AGENTES CCIH

No dia 25 de maio, a Comissão de Controle de Infeção Hospitalar (CCIH) promoveu a formatura de 100 Agentes CCIH da Cruz Azul de São Paulo, profissionais da área de saúde que foram treinados para atuar na prevenção da infecção hospitalar na instituição.

Os agentes contribuem para o fortalecimento das ações de prevenção de infecção, monitorando e observando as atividades previamente estabelecidas, além de orientar os colaboradores, os pacientes e os familiares durante o período de internação.

 

Por Dra. Luciana Marques Sansão Borges
Médica Infectologista da Cruz Azul de São Paulo, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas

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